quinta-feira, 31 de maio de 2012

É, sempre foi e será...

"Mesmo quando chove ou o céu tem nuvens (os dois amantes) sabem sempre quando a lua é cheia. E quando mingua e some, sabem que se renova e cresce e torna a ser cheia outra vez e assim por todos os séculos e séculos porque é assim que é e sempre foi e será .."

in O amor com olhos de adeus
Caio F. Abreu

quarta-feira, 30 de maio de 2012

fazendo bico

Para escapar da velhice, querida, só morrendo jovem...mas agora não dá mais. A solução é enfrentar sem fazer bico,  de bom humor.

Lygia F. Telles 

#Hoje é meu aniversário!

terça-feira, 29 de maio de 2012

Verossímel

Antigamente, em maio, eu virava anjo.
A mãe me punha o vestido, as asas,
me encalcava a coroa na cabeça e encomendava:
“Canta alto, espevita as palavras bem.”
Eu levantava vôo rua acima.

Adélia Prado

domingo, 27 de maio de 2012

Eu amo viver!!



Mais um ano de vida!! Maravilha viver!!!
Eu amo o dia do meu aniversário! Eu amo este dia tão especial na minha vida! 
Ao contrário de muitos amigos, eu adoro apagar as velinhas, e ouvir a musiquinha: ♪ Parabéns pra você... kkk É nesse momento que retorno feliz ao meu tempo de infância. 
A soma dos anos vividos não pesa, apesar das minhas formas se distanciarem de uma “miss”, sou magra e feliz! kkkkkkkk
Sou mt agradecida a Deus por ainda me permitir: olhar o céu... ouvir o cantar dos pássaros... sentir o perfume das flores, dos aromas das mais delicadas essências que combinam com a minha vida...perceber, no poder do toque das coisas concretas, a diferença entre a suavidade de uma flor e a aspereza de uma pedra...caminhar por aí...expressar meus sentimentos em lágrimas, em sorrisos, em expressões dos mais variados sentir...desfrutar da presença física das minhas filhas e de cada querido meu, cada um com seu jeito de me amar...conviver em família, em união e carinho...abraçar meus amigos reais e também os que não posso abraçar fisicamente, mas que posso abraçar com a alma...os meus amigos virtuais. Ser produtiva, e viver do fruto do meu trabalho honestamente...Ter mais defeitos do que qualidades, mas tentar sempre virar esse placar de goleada...Abençoar e ser mt abençoada com a minha fé.
Poder escrever os meus versos, caminhar em minha estrada poética e expor a minha alma em cada um de meus poemas e dos meus textos é algo que completa a minha vida e me faz sonhar acordada.
Sou também mt grata a Deus por me presentear com um amor, poder viver a beleza de amar e ser amada.
Por tudo isso...Obrigada, Deus! 

Minha vida está nas tuas mãos! Livrai-me de todo o mal, Amém! 
Eu amo viver!!!

sábado, 26 de maio de 2012

Enquanto eu dormia...

Levante um pouco a cabeça. Assim. Agora faça um ar de...de absoluta pureza... Olhe por cima de todo mundo, para bem longe. Você foi tocada por forças mágicas enquanto dormia.

Texto de Teatro completo, de Caio F. Abreu.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Não sei...

"Não sei, até hoje não sei se o príncipe era um deles. Eu não podia saber, ele não falava. E, depois, ele não veio mais. Eu dava um cavalo branco para ele, uma espada, dava um castelo e bruxas para ele matar, dava todas essas coisas e mais as que ele pedisse, fazia com a areia, com o sal, com as folhas dos coqueiros, com as cascas dos cocos, até com a minha carne eu construía um cavalo branco para aquele príncipe. Mas ele não queria, acho que ele não queria, e eu não tive tempo de dizer que quando a gente precisa que alguém fique a gente constrói qualquer coisa, até um castelo."
Caio F. Abreu

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Ou...

Ou esquecemos ou perdoamos, não dá para fazer os dois. Perdoar é sempre lembrar e sempre aceitar.

Carpinejar

terça-feira, 22 de maio de 2012

Prevenida

Quero vestir o seu abraço e sair com ele por aí, como um colete à prova de balas...

domingo, 20 de maio de 2012

O sofrimento é opcional

Definitivo, como tudo o que é simples. 


Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco,
mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo, para nadar, para namorar
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco,
mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando
a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento,perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...


Carlos Drummond Andrade

sábado, 19 de maio de 2012

Apocalipse gourmet: coma antes que acabe

Estudos apontam 13 ingredientes que o aquecimento global e outras catástrofes naturais podem fazer desaparecer da mesa
Aquecimento global, desmatamento e coleta predatória podem fazer que o prato fique vazio


Se a situação ambiental não for revertida, há rumores de que o aquecimento global vai provocar mudanças no cardápio mundial. E não é só ele. Além do aumento da temperatura e as modificações climáticas da Terra, a pesca predatória e o desmatamento também poderão causar modificações importantes no cardápio do homem. Nas próximas décadas, alimentos que fazem parte do nosso cotidiano vão se transformar em artigos de luxos.



Segundo os cientistas, a Terra deve apresentar uma elevação na temperatura de 2 a 3 graus até 2050 e o IPCC (Intergovernamental Panel on Climate Change) prevê um aumento de 5,8ºC nos próximos 100 anos. Se não forem controladas as emissões de gás carbônico, as previsões podem se tornar verdadeiras. Confira 13 ingredientes que vão sofrer com as mudanças e receitas para aproveitá-los enquanto ainda dá tempo.




O chocolate vai se tornar um produto caro. Imagina ficar sem brigadeiro, sem bombom, sem bolo...

O chocolate já foi bebida sagrada para as civilizações pré-colombianas e se transformou em um grande hit mundial. Mas quem não vive sem chocolate prepare-se. Daqui a 40 anos, segundo estudo da fundação Bill & Melinda Gates, o hábito custará caro.
As principais áreas de cultivo do cacau, Gana e Costa do Marfim, podem sofrer danos definitivos. O problemão é que esses dois países africanos são responsáveis por 2/3 da produção mundial do ingrediente. Para tentar fugir dessa realidade, fazendeiros começaram a procurar regiões mais frias e limitadas para seu cultivo, que precisam de um alto investimento em tecnologia, segundo o Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT), na Colômbia.


Salmão e outros peixes podem sumir do cardápio em 2050

Os peixes são produtos sensíveis que vão sofrer muito com as alterações climáticas e a mudança de acidez dos oceanos. Segundo a National Wild Federation, o salmão terá problemas para se alimentar com os moluscos, cada vez mais ácidos, e também para se reproduzir, já que as ovas serão arrastadas pelos rios.


Nem on the rocks, nem puro. O uísque corre risco de desaparecer

Os amantes da bebida podem sofrer com a falta de quantidade e também qualidade. A Escócia, maior produtor de uísque, poderá ter que enfrentar secas, enchentes e pragas nas áreas de plantio de cereais usados na fabricação da bebida, como o malte. É o que diz uma pesquisa encomendada pelo governo escocês em 2011.


Os tradicionais bolinhos de bacalhau podem ficar só na lembrança

O atum e o bacalhau também vão sofrer os impactos. Segundo a pesquisa coordenada por Stephen R. Palumbi, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, o cenário em 2050 não será nada bom. O estudo aponta que até lá nenhuma espécie marinha que usamos para fazer nossos pratos será própria para o consumo.
Segundo os pesquisadores, algumas espécies já perderam 90% de sua população total desde 1994. No caso do atum azul e dos peixes conservados como bacalhau, tidos como nobres, a população caiu 92% nos últimos 60 anos. Além da temperatura, essas espécies têm problemas com a pesca predatória.


Vinhos de Bordeaux
A região francesa de Bordeaux é uma das mais respeitadas quando o assunto é vinho. Nem ela, área produtora das mais antigas e responsável por 1/3 da produção da França, vai escapar. Alguns especialistas dizem que com as alterações do aquecimento global, a área se tornará imprópria para o cultivo das uvas em 2050.
A saída deve ser o uso de espécies geneticamente modificadas, que vão deixar os frutos mais resistente às mudanças climáticas. O preço, com certeza, vai subir junto com a temperatura.


O arroz é a base da alimentação de muitos povos e pode sofrer com o aumento da temperatura

O arroz é a base da alimentação de muitas culturas. Como falar para um japonês que ele vai ficar sem sushi ou para um brasileiro que ele vai ter que fazer mudanças estruturais em seu PF? A colheita de arroz já tem mostrado quedas de até 20% no rendimento dos últimos 25 anos. Uma pesquisa norte-americana realizada com 227 propriedades rurais das principais regiões produtoras (Tailândia, Vietnã, Índia e China) relaciona a redução com o aumento de temperatura durante a noite. Para eles, as plantas estão gastando mais energia para respirar em noites quentes, afetando a fotossíntese e o desenvolvimento da plantação.


A produção de mel já vem caindo na Europa, América do Norte, África e Ásia

As colônias de abelha na Europa, América do Norte, África e Ásia, começaram a dar os primeiros sinais de problemas. Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA, as populações de abelha diminuíram de 5,5 milhões, em 1950, para 2,5 milhões, em 2007.
Os principais culpados são os agrotóxicos e a poluição, mas uma corrente de cientistas não exclui o aquecimento do planeta que vem alterando a floração como uma das causas.


Parasitas e fungos serão os piores inimigos da banana
A situação para os que gostam de banana também não é das melhores. O alerta sobre a banana-nanica que vinha sido atacada por parasitas, como o fungo sigatoka-negra, já foi dado há alguns anos. Ainda existe uma penca de tipos de banana por aí, mas no futuro não há como prever se uma nova praga não fará estrago maior. As bananas que consumimos hoje têm baixa variedade genética e, por isso maior vulnerabilidade.


Um simples cafezinho será artigo de luxo nas próximas décadas

O café também está na mira. Algumas regiões produtoras na América Latina já mostram indícios de queda na produção de seus melhores grãos. Os cafezais precisam de temperatura e clima adequados, além de um equilíbrio entre dias secos e chuvosos e isso não está acontecendo. As chuvas fortes danificam as flores e o calor intenso acelera a proliferação de fungos. Segundo a Embrapa, se a situação continuar assim, a produção de café no Brasil pode cair 92% até 2100.


Mandioca




A mandioca pode não sumir totalmente do cardápio, mas com certeza a variedade de espécies diminuirá, segundo estudo do biólogo Nagib Nassar, da Universidade de Brasília. Alguns tipos selvagens já começaram a sumir no cerrado brasileiro. As pesquisas que estudam a região desde 1970 revelam que três espécies já teriam sumido do mapa. Apesar de a mandioca que usamos em casa estar longe da extinção, perdemos muitas oportunidades de fazer cruzamentos genéticos com as espécies selvagens, que são mais ricas em proteínas. O milho e o trigo também podem sofrer com esse problema.
Um pesquisa da Embrapa, baseada na estimativa do aumento da temperatura do IPCC, é mais pessimista em relação à raiz. Para o órgão, a mandioca corre sério risco de desaparecer ainda em 2020 em áreas cada vez mais quentes, como o semi-árido nordestino. Por outro lado, outras áreas não terão temperatura suficiente para a produção.


O pinhão, tão característico da região Sul do País, está na lista dos ameaçados de extinção

A associação internacional Slow Food criou uma lista de alimentos que correm o risco de desaparecer nas regiões em que são nativos ou pratos típicos com modo de fazer específico tradicional. A lista brasileira conta com mais de 20 produtos, entre eles o pinhão tradicional da região sul e das serras. A principal ameaça do pinhão é a coleta não sustentável.


O pupunha já é usado no lugar do palmito-juçara, espécie muito atingida com a coleta predatória

O palmito-juçara é outro que está na lista da Slow Food Brasil e pelo mesmo motivo: coleta não sustentável. A planta quase sumiu de vez, até que seu consumo começou a ser substituído pelo do palmito pupunha, de cultivo mais fácil.
Apesar dos esforços, o palmito-juçara ainda corre riscos. Nativo da região Sudeste do Brasil, essa espécie sofre com a extração predatória há anos e tem conseguido se manter graças à reservas indígenas guarani que mantém as palmeiras nativas e fazem uma coleta sustentável.

Fonte: Ig noticias

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Imprescindível

"Há homens que lutam um dia, e são bons;
há os que lutam muitos dias e são muito bons;
há os que lutam um ano, e são melhores;
Porém, há os que lutam toda a vida
- Estes são os imprescindíveis."

(Bertold Brecht)

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Para usar nos pés

Coitado de quem pensa que eu sou só sorrisos... a alegria a gente deve mesmo é por nos pés, em cada passo que se dá.

terça-feira, 15 de maio de 2012

OPEN/Closed

"Não deixe portas entreabertas
Escancare-as
Ou bata-as de vez.
Pelos vãos, brechas e fendasPassam apenas semiventos, 
Meias verdades
 
E muita insensatez."


(Flora Figueiredo)

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Hand

A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Augusto dos Anjos

sábado, 5 de maio de 2012

Tarde de maio

Tarde de Maio

Como esses primitivos que carregam por toda parte o maxilar inferior de seus mortos,
assim te levo comigo, tarde de maio,
quando, ao rubor dos incêndios que consumiam a terra,
outra chama, não-perceptível, e tão mais devastadora,
surdamente lavrava sob meus traços cômicos,
e uma a uma, disjecta membra, deixava ainda palpitantes
e condenadas, no solo ardente, porções de minh'alma
nunca antes nem nunca mais aferidas em sua nobreza sem fruto.

Mas os primitivos imploram à relíquia saúde e chuva,
colheita, fim do inimigo, não sei que portentos.
Eu nada te peço a ti, tarde de maio,
senão que continues, no tempo e fora dele, irreversível,
sinal de derrota que se vai consumindo a ponto de
converter-se em sinal de beleza no rosto de alguém
que, precisamente, volve o rosto, e passa...
Outono é a estação em que ocorrem tais crises,
e em maio, tantas vezes, morremos.

Para renascer, eu sei, numa fictícia primavera,
já então espectrais sob o aveludado da casca,
trazendo na sombra a aderência das resinas fúnebres
com que nos ungiram, e nas vestes a poeira do carro
fúnebre, tarde de maio, em que desaparecemos,
sem que ninguém, o amor inclusive, pusesse reparo.

E os que o vissem não saberiam dizer: se era um préstito
lutuoso, arrastado, poeirento, ou um desfile carnavalesco.
Nem houve testemunha.

Não há nunca testemunhas. Há desatentos. Curiosos, muitos.
Quem reconhece o drama, quando se precipita sem máscaras?
Se morro de amor, todos o ignoram
e negam. O próprio amor se desconhece e maltrata.
O próprio amor se esconde, ao jeito dos bichos caçados;
não está certo de ser amor, há tanto lavou a memória
das impurezas de barro e folha em que repousava. E resta,
perdida no ar, por que melhor se conserve,
uma particular tristeza, a imprimir seu selo nas nuvens.

Drummond
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Mar

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De vez em quando tiro o mar de lá e ponho em mim. Só pra refletir a luz da lua.