quinta-feira, 14 de junho de 2012

Não há jeito!

Trechos de Cartas* do Caio para Hilda:
“Iniciei mil vezes o diálogo. Não há jeito. Tenho me fatigado tanto todos os dias vestindo, despindo e arrastando amor, infância, sóis e sombras. A verdade é que não sinto capaz de nada. Não é fossa. Fossa dá idéia de uma coisa subjetiva e narcisista. São motivos bem concretos, que inclusive transcedem o plano pessoal. E tudo tão insolúvel que a gente só pode fugir, porque ficar não adianta nada.” (Porto Alegre, 4 de março de 1970)
“E se é verdade que o tempo não volta, também deveria ser verdade que os amigos não se perdem. Eu não gostaria de acreditar nisso.” (Porto Alegre, 27 de março de 1973)
*Cartas publicadas no livro organizado por Italo Moricone, intitulado Cartas*

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De vez em quando tiro o mar de lá e ponho em mim. Só pra refletir a luz da lua.