Você, amiga que tem cabelo crespo, já percebeu que quando alguém quer te ofender de verdade acaba citando o seu cabelo? Por que você permite isso? Por que você fica ofendida? O seu cabelo não é digno de ser elevado à categoria de coisa ofensiva.
Por que você não dá uma risada e responde, por exemplo: o meu é crespo, sim, melhor que o seu, que é liso, escorrido, sem personalidade, sem volume, cheio de nós e de pontas duplas e nojentamente sem-graça; aliás, querida, você deveria encrespar o seu cabelo? =D
Já viu que na nossa sociedade dizer que uma pessoa “tem cabelo ruim” é mais ultrajante que xingá-la de “filha de uma profissional do sexo”? Me chama de cachorra, mas não zoa o meu cabelo!!!
E a pergunta que não quer calar: por que você não está orgulhosa com o seu cabelo?
Um dia a filhinha do Chris Rock, um comediante americano, fez uma comparação alarmanteentre o cabelo dela, enrolado, e o de uma amiguinha do colégio, liso. Ele ficou bastante preocupado com a filha e começou a investigar sobre a obsessão e frustração que as mulheres afro-americanas têm com o cabelo.O resultado da pesquisa foi o excelente documentário “Good Hair”, lançado no final do ano passado e que, ainda não estreou no Brasil. Mas em algumas locadoras já está em exposição.
O documentário é realmente muito interessante e toca em pontos sensíveis da sociedade, da indústria cosmética, da publicidade, enfim, fala do statu quo. Tenta entender o que leva um cabelo a ser considerado “bom” ou “ruim”. Também divulga os efeitos altamente prejudiciais desses tratamentos químicos sobre o cabelo e a saúde.
Essencial para você compreender essa lavagem que fizeram com o seu cérebro, essa coisa que fica debaixo do seu cabelo, lá dentro da cabeça. =DJá imaginou como seria chato se todas tivessem o cabelo lisinho? [...]
Bezzo's
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