Essa mulher era amada. Por ser amada, era reconhecida como inteira em si mesma. Por ser reconhecida, era livre para existir.
Essa mulher vivia com os pés na terra e a cabeça nas nuvens, porque álguem lhe disse que possuía todos os atributos de uma deusa! Então...era humana e ao mesmo tempo divina e havia algo de selvagem em seus olhos que jamais poderia ser domado.
Por isso mesmo, essa mulher foi temida e, por ser temida, foi reprimida. Ela foi queimada nas fogueiras da ignorância, amordaçada nas malhas do silêncio, presa nas correntes da indiferença, tentaram domá-la, domesticá-la, extingui-la.
Após tanta repressão, aqueles que a haviam represado acreditavam que sua luz havia finalmente se extinguido. Que sua natureza selvagem havia desaparecido por completo.
Porém, essa mulher faz parte da própria natureza, ela é a própria natureza e não pode ser aniquilada. De sua completude vemos apenas resquícios, mas ela sobrevive nas histórias e nos contos de fada e no fundo da alma de todas as mulheres.
Ela escutou o chamado que vem das profundezas do ventre, para gerar sua própria vida! E ela atendeu ao chamado da mulher selvagem, há muito reprimida, há muito massacrada mas de nenhuma forma esquecida.
Ela saiu em busca "daquela que sabe" dentro da sua porção mulher selvagem. Fez um verdadeiro trabalho de escavação das partes mais subterrâneas de si mesma em busca de algo muito precioso e que foi há muito tempo contido.
E assim foi...
Ela se deixou submergir e aos poucos revela as muitas facetas de uma alma feminina. Uma alma felina...que tem sido tão maltratada, desprezada, ignorada...não apenas pela sociedade, mas pelo seu próprio instinto animal., porque na lei da "selva de pedra" ela foi educada para ser o sexo frágil...o que a afastou de sua parte selvagem, da alcatéia.
É importante para todas nós, de vez em quando fazer uma verdadeira viagem ao interior daquela parte mais profunda de nós mesmas, da qual insistimos em fugir. E buscar por aquilo que há de mais verdadeiro e mais essencial em cada uma de nós.
Uma missão de vida que, mais cedo ou mais tarde, todas teremos que cumprir...ser mulher-loba!
E lutar pela nossa sobrevivência e por aquilo que acreditamos...
E lutar pela nossa sobrevivência e por aquilo que acreditamos...
Té +
bjim
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